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Foto do escritorRonan Alexandre

Visão Macro

A projeção para o fim do ciclo de aperto monetário da Selic foi ajustada de 13,25% para 13,75%.


Após o comunicado do Copom, na última quarta-feira, também considerando a decisão do Fomc do FED, que aumentou sua taxa em 0,75 p.p., me parece prudente considerar que o ciclo de apertos se estenda, na próxima reunião espero um aumento de 0,75% p.p


Avaliando o cenário de ainda baixa ancoragem para 2023 e 2024, faz sentido que o BC vá adiante, numa espécie de sintonia fina, calibrando a taxa em pequenas doses.


Não posso desconsiderar, que a depender dos próximos números de inflação subjacente, de junho e julho (se eventualmente favoráveis), exista uma pequena probabilidade de o Copom considerar encerrar o ciclo em 13,5% a.a. já na próxima reunião.


No momento que escrevo esse post a Petrobras anunciou nesta sexta-feira reajustes de 5,18% para a gasolina e de 14,26% para o diesel, valendo a partir de sábado. Meu modelo estima que o repasse para inflação pode ser de impacto de 0,20%. O mercado de petróleo está despencando entre 5% e 6% nesta sexta-feira, com investidores preocupados com a desaceleração econômica nas principais economias do mundo por conta da alta dos juros, o que irá fazer com que se ocorrer ajustes nos preços domésticos, os mesmos não sejam de grande alta.


Se esse movimento de queda dos preços dos commodities e redução da atividade global ganhar força, talvez o BC reavalie a inflação de seu cenário relevante para 2023 e 2024, com viés de menos força na atividade econômica e menos pressão sobre os preços de bens. Se o BCB assim o fizer há chances de o ciclo fechar em 13,5%.

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